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A Borboleta Verde

O blog de uma formadora de profissão e de uma "passeadora" nos tempos livres que, com o seu tripé em punho, te inspira a conhecer Portugal e arredores.

Como aproveitar para conhecer Braga numa viagem de trabalho

Tenho andado muito ausente deste blog, eu sei.

A verdade é que mudei de emprego, arrancando com um novo projecto e toda a loucura inicial que os novos projectos têm e que para mim é super viciante (sou demasiado workaholic). Quem me segue no instagram está um pouco mais por dentro destas minhas andanças 

No entanto, esta mudança também me tem permitido conhecer novos lugares como Braga.

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Fiquei deveras apaixonada por Braga! Viveria nesta cidade sem hesitar! E entre um horário 9-18h e visitas por vezes mais fugazes a Braga, tenho conseguido conhecer alguns pontos muito interessantes!

 

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O maravilhoso Palácio do Raio, com a sua exuberante fachada, de estilo barroco joanino, ricamente trabalhada e com azulejos dos finais do século XIX, que lhe dão o destaque daquele "ponto azul" na Rua do Raio.

 

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As ruas e ruelas de Braga com lindíssimas fachadas e recantos cheios de histórias e de História.

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História como esta do Castelo de Braga mandado erguer por D. Dinis, do qual resta apenas a Torre de Menagem, e alguns troços da muralha.

 

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Ou histórias como a da Casa das Bananas. Passei por aqui mais numa de tirar uma fotografia para enviar a um amigo querido (private joke), mas ao pesquisar mais sobre o local deparei-me com uma tradição de Natal muito peculiar. Na véspera de Natal, a Rua do Souto enche-se se pessoas que vêm comer uma banana e beber um banano, no ritual que ficou conhecido em Braga pelo Bananeiro. Entre votos de Boas Festas, os bracarenses comem uma banana e bebem um moscatel. Podem conhecer mais pormenores deste ritual com 40 anos aqui.

 

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Num périplo por Braga by night apercebi-me que é uma cidade de se recolhe cedo... Muito cedo. Eram 19h e já não encontrei quase ninguém na rua! Eu sei que estava muito frio (era Fevereiro), mas juro que me surpreendeu.

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A Sé de Braga (by night) quase passa despercebida no meio das ruelas. Edíficio dos séculos XII e XIII, foi erguida sobre um antigo mercado e templo romanos.

 

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E esta agradável surpresa foi quase uma descoberta ao perceber que se encontrava na esquina do edifício onde estava a trabalhar: Fonte do Ídolo. Juro que parecia uma criança e tudo o que o existia da Cláudia arqueóloga veio ao de cima.

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A fonte do Ídolo deverá ter sido construída no século I e é devota a uma divindade venerada neste local, Tongoenabiago, com relação a água a cursos de água.

Se o nome não vos parece latim ou semelhante a outros deuses romanos que já tenham ouvido falar, é porque não é! Os romanos tinham algo de muito interessante na sua índole religiosa: divindades nunca são demais! E se uma povoação venera um deus que não existia no seu portfólio de deuses, os romanos ao invés de repudiar, perseguir ou proibir, integravam este culto como seu. Talvez devessemos aprender algo com isto atualmente.

 

Três locais onde onde fiz refeições e que recomendo foram a Dona Petisca no Largo da Sé, onde é difícil escolher o que petiscar porque tudo tem ótimo aspecto.

O Caffé Italy com uma das melhores pizzas que já comi e umas das decorações mais catitas!

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E ainda o espaço de brunch Dona Luísa. Sou mega fã de brunches, mas nesse almoço foi uma deliciosa bowl falafel.

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Fotos tiradas por mim, com e sem tripé.

Local: Braga, Portugal