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A Borboleta Verde

O blog de uma formadora de profissão e de uma "passeadora" nos tempos livres que, com o seu tripé em punho, te inspira a conhecer Portugal e arredores.

À procura do Outono nas Caldas da Rainha

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O Outono já começou no calendário, mas ainda não se tem sentido muito, meteorologicamente falando.

Decidi, então, ir em busca do Outono por terras de Caldas da Rainha. Esta cidade tem o seu desenvolvimento ligado às águas termais e à rainha D. Leonor, que, em finais do século XV, de passagem pela pequena povoação, viu diversos dos seus habitantes a banharem-se numas águas de cheiro intenso, tendo-lhe sido explicado tratarem-se de águas com poderes curativos. Foi assim que foram reconhecidos benefícios fiscais à povoação e o estabelecimento do Hospital Termal para usufruto de todos os que se quisessem tratar, atuais Termas das Caldas da Rainha, mais antigo estabelecimento termal em funcionamento do mundo.

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É anexo a este Hospital que se situa o Parque D. Carlos I. Integra o conceito de espaço de passeio e ar puro anexo ao local de convalescença, onde os doentes poderiam passear e desfrutar da natureza.

O aspecto que se pode ver e desfrutar atualmente deste parque corresponde a alterações realizadas já no século XIX, onde as existentes vinhas deram lugar ao lago e a zonas arborizadas, muito ao estilo dos jardins românticos que nasciam por toda a Europa.

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Os "pavilhões do parque", que conferem ainda mais o efeito romântico ao mesmo, muito ao estilo do gosto pelas ruínas e pelas construções medievais que imperou pela Europa do século XIX, e que ditou, por exemplo, a não reconstrução do Convento do Carmo em Lisboa. A verdade, é que corroboram esse estilo romântico muito por acaso. Deveriam ter sido o novo Hospital Termal, com 7 pavilhões de enfermarias e até uma torre para observatório meteorológico. Todavia, a morte precoce do arquiteto e engenheiro que projetou e assumiu a direcção do Hospital Termal, Rodrigo Berquó, bem como a falta de verbas para finalizar, ditou o seu abandono.

Ainda assim, os pavilhões já foram a casa de escolas, jornais, regimentos de infantaria, bibliotecas e o posto de turismo, estando desocupados desde 2005.

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É claro que um dos motivos que mais dá fama às Caldas da Rainha é a cerâmica, na sua figura máxima de Rafael Bordalo Pinheiro. A profusão de motivos decorativos combinados são a característica da "loiça das Caldas".

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Torre sineira da Igreja de Nossa Senhora do Pópulo, de 1500. De construção gótica, é da autoria de um dos arquitectos do Mosteiro da Batalha. 

 

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Por fim, deixo-vos com umas imagens da mata Rainha  D. Leonor. Esta mata composta por plátanos, acácias, carvalhos e pinheiros mansos foi originalmente plantada no século XV para proteger as nascentes das águas termais, e tem ligação ao Parque D. Carlos I.

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Fotografias tiradas por mim.

Vestido: Shein

Botas:  Primark

Chapéu: Parfois

Local: Caldas da Rainha

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