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A Borboleta Verde

O blog de uma formadora de profissão e de uma "passeadora" nos tempos livres que, com o seu tripé em punho, te inspira a conhecer Portugal e arredores.

Pelos castelos do Médio Tejo

Fui princesa moura pelos castelos do Médio Tejo!

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Há uns tempos que queria visitar Almourol e agora que fui a visita não ficou de todo aquém das minhas expectativas!

O castelo de Almourol ergue-se numa pequena ilha mais ou menos a meio do Tejo, e é perfeitamente visitável, mas o acesso é feito de barco. A viagem dura cerca de 5 minutos e tem um custo de 4,00 € (viagem e entrada no castelo).

Para mim a vista da margem do rio para o castelo é imbatível! No entanto, a vista do topo do castelo sobre as duas margens do rio também é lindíssima!

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Em termos históricos, o castelo de Almourol tem uma fundação muçulmana do século XII (que seria muito diferente da imagem que temos hoje do mesmo), tendo sido atribuído à Ordem dos Templários (posteriormente Ordem de Cristo) nesse mesmo século após a Reconsquista Cristã. Integrava, juntamente com o castelo de Tomar, a linha defensiva do Tejo.

É um castelo de 9 torres e torre de menagem ao centro e planta quadrangular como a maioria da arquitectura templária.

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O aspecto que hoje conhecemos dos castelo de Almourol foi-lhe conferido no século XIX, à luz do movimento romântico deste período que concedeu ameias e merlões a muitos castelos de Portugal.

 

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E de Almourol rumei a Constância para um piquenique nas margens do Zêzere. Nesta foto conseguem ver a junção da foz do Zêzere a alimentar o Tejo.

 

No périplo pelos castelos do Médio Tejo não ficou esquecido Belver, visto dos passadiços da Praia do Alamal. Recomendo. É um trecking super simples, com uma vista linda para o rio Tejo, o castelo e ponto de Belver.

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As terras de Belver foram cedidas por D. Sancho I à Ordem dos Hospitalários para construção de um castelo, tendo este sido concluído no início do século XIII. Foi um castelo com uma posição estratégica e defensiva fulcral no período da crise dinástica no reinado de D. João I (século XIV) e as guerras com Castela. E este sentimento permaneceu enraizado até ao século XVI, mantendo-se a sua população fiel ao herdeiro português ao trono, após o desaparecimento de D. Sebastião e o início da dinastia Filipina.

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O terramoro de 1755 ditou, em parte, o fim dos seus dias de glória, com grande destriução das suas estruturas (tal como aconteceu a Almourol), tendo sido apenas paulatinamente reconstruído a partir do século XX.

Agora está esta belezura, com passadiços e praias fluviais em seu redor para que cada um possa atestar por si próprio a sua beleza!

 

Fotos tiradas por mim.

Vestido: Shein

Sandálias:  Deichmann

Bijuteria: GataPreta Artesanato

Chapéu: Parfois

Local: Médio Tejo (Almourol, Constância e Belver).

Estufa Fria: um oásis em pleno centro de Lisboa

Ainda me espanto como há quem, vivendo em Lisboa e arredores, não conhece este espaço tão maravilhoso! Este é mais um dos locais que podem visitar se estão de férias por Portugal/Lisboa.

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Se há, aí desse lado, quem ainda não conheça, aconselho vivamente! São umas horas agradavelmente passadas no meio que vegetação com origem nos mais variados pontos do globo. O preço da entrada é uma módica quantia de 3,10€ por pessoa, e há diversos tipos de descontos para estudantes, pensionistas, ... Passam umas horas a conhecer diversas espécies de árvores, arbustos, trepadeiras, cactos e infinitas flores; podem ainda ficar sentados a ler um livro porque lá dentro está uma temperatura mesmo muito agradável.

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Breve história da Estufa Fria:

A história do surgimento da Estufa Fria é muito engraçada: ergue-se no local onde, no século XIX, se explorava uma pedreira para extracção de basalto. Com a existência de uma nascente de água, a extração ficou comprometida e pedreira deixou de laborar.

Neste local, um jardineiro foi cultivando e abrigando plantas de todo o mundo, que mais tarde seriam pensadas para arborizar a Avenida da Liberdade.

Em 1914 estala a I Guerra Mundial e todo este projecto fica em stand-by. No entanto, as plantas não esperaram e ganharam raízes no local. Até que em 1926, o arquitecto e pintor Raul Carapinha encontrou ali um agradável espaço verde, e decidiu projectar um espaço transformando-o numa Estufa, concluída em 1930.

Desde então sofreu algumas alterações até ao que conhecemos hoje, acompanhando todas as alterações nesta zona de Lisboa e Parque Eduardo VII.

Em 1975 foram abertas ao público.

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Fotos tiradas por mim.

Vestido: Shein

Sandálias:  Deichmann

Bijuteria: GataPreta Artesanato

Chapéu: Parfois

Local: Estufa Fria