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A Borboleta Verde

Viagem à Polónia (3 cidades+1), Viena e Munique - parte II

Hoje continuo a contar-vos as minhas aventuras na viagem que fiz pela Polónia, Viena e Munique em Julho de 2013!

Acompanhem-me!

 

Terminei a primeira parte quando cheguei com os meus amigos a Cracóvia.

Chegámos a Cracóvia no final do dia 16 de Julho e assim que deixámos a nossas mochilas no hostel, prontificámo-nos a passar na estação de comboios, não muito longe do hostel, para comprar os bilhetes para as nossas viagens daí por poucos dias.

Os carros que alugámos seriam devolvidos em Cracóvia, mas não sem antes fazermos a viagem até Auschwitz e à mina de sal de Wielickza.

 

Dia 17 de Julho rumámos logo de manhã a Oświęcim. Fica a cerca de 60km sudoeste de Cracóvia. Há comboios entre uma cidade e outra, ou excurções a partir de Cracóvia a Auschwitz e Wielickza, que aconselho vivamente!

 

A visita a Auschwitz é, como costumo dizer sempre, triste (muito triste), mas necessária. É importante não esquecer, como insistentemente tentam fazer agora, ou desvalorizar! Deve-se conhecer, aprender e não cometer as mesmas atrocidades!

 

A entrada custa cerca de 15euros e há horas marcadas para saídas de grupos com guias consoante as línguas pretendidas. É só esperar um pouco e integrar-se num grupo com o guia para a língua pretendida. Obterão headphones quando comprarem o vosso bilhete.

 

A passagem pelo portão, lendo aquela frase, deixa-nos de imediato com o frio na espinha.

Embora seja um local bastante turístico no momento, com centenas de visitantes a passear ao teu lado, é impossível não sentir o medo, o frio na espinha, o desalento...

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"O trabalho liberta"

 

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 Centenas de objectos pessoais...

Não é possível descrever o sentimento ao ver uma vitrine cheia de cabelos de mulheres, usados para frabricar as roupas e cobertas...

 

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 Muro de fuzilamento.

 

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Com o tempo muito contado, não visitei o campo Birknau. Seria cerca de mais 2h e não dispunhamos desse tempo, mas também aconselho.

 

À tarde visitámos a Mina de Sal Wielickza, que fica a cerca de 15km de Cracóvia.

Foi revigorante depois da visita a Auschwitz!

Património Mundial da Humanidade, é um local fantástico! O nosso guia também foi soberbo.

Depois de sairmos de Oświęcim, parámos num supermercado para comprar algumas coisas para o almoço e "piquenicámos" nos jardins verdejantes do espaço da mina de sal.

 

A entrada custa cerca de 20euros (das mais caras em museus e atrações na Polónia, mas muito interessante).

A mina atinge 327m de profundidade e é das mais antigas exploradas na Europa, conhecida desde a Idade Média.

 

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 A maravilhosa capela subterrânea, com tudo (tudo) esculpido em rocha de sal, inluindo as pedrinhas transparentes que formam os candelabros.

A capela ainda é usada actualmente para missas dominicais e ocasionais casamentos.

 

No dia 18 de Julho, fizémos o check-out do hostel, deixámos as nossas mochilas de interrail nos cacifos da estação de comboios e passeámos por Cracóvia.

De todas as cidades visitadas nos 10 dias desta viagem, Cracóvia foi a minha cidade preferida!

Adorei o seu centro histórico e sua praça do mercado, a Rynek Główny. São lindíssimos!!! As construções em tijolo sob o sol de verão têm uma beleza impar!

 

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Igreja de Santa Maria em Cracóvia

 Basílica de Santa Maria.

 

antigo mercado de tecidos Cracóvia

 Antigo mercado de tecidos. Actualmente continua a ser um mercado, mas de souvenirs! E bem giros!!

Há muitas peças de joalharia em âmbar por toda a Polónia. Se quiserem investir em comprar um souvenir destes, sugiro que o façam em cidades mais do norte da Polónia. Em Cracóvia tudo é um pouquinho mais caro.

 

No centro histórico fica também o Castelo Real de Wawel.

Castelo de Cracóvia

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 Foi erguido sobre uma pequena colina na margem esquerda do rio Vístula (não sei se se lembram de vos ter dito que este rio iria acompanhar a minha viagem pela Polónia?).

Atrás de mim a Catedral de Wawel, ou basílica de Santo Estanislau e Santo Venceslau. Uma das igrejas mais importantes da Polónia, com mais de mil anos de história, e grande significado para o país: nela estão sepultados os reis Polacos e tinham lugar as suas coroações.

Vê-se também a cúpula dourada da capela de Sigismundo.

 

Ainda no centro histórico de Cracóvia está o Bairro Judeu de Kazimierz.

Sinagoga velha de Cracóvia

 A velha sinagoga.

 

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 Cemitério judeu.

 

Em Cracóvia o grupo de 8 dividiu-se em pequenos grupos, consoante a programação que cada um tinha feito da sua viagem.

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Eu segui rumo a Viena, com a minha amiga Rodri, num comboio interrail. Viajámos toda a noite, desde as 22h às 06h da manhã, quando chegámos à estação de comboios central de Viena.

A viagem custou cerca de 40euros (apanhámos uns descontos, pois não tinhamos bilhete de interrail. Para quem viaja com bilhete interrail, há mais descontos).

no comboio cama

Não é fenomenal para dormir, mas não é mau de todo!

 

Assim que chegámos à estação central de Viena apressámo-nos a comprar o bilhete de comboio para essa noite rumarmos a Munique.

Tudo em Viena é extremamente caro, pelo que optei por ver o máximo possível durante o dia, dormir no comboio e então pernoitar na noite seguinte em Munique, que apesar de tudo é uma cidade um pouco mais barata.

 

Claro que depois de uma noite semi-dormida no comboio, o dia seguinte foi movido a muito café!

Já para não falar na falta que me fez um banho pela manhã! Os comboios-cama têm casas-de-banho, pelo que deu para fazer uma higiene de gato e lavar os dentes antes de dormir e antes de chegar a Viena, mas nada se compara a um bom banho!

Na estação de Wien Westbahnhof, deixamos as nossas grandes mochilas nos cacifos e levámos apenas o que achámos necessário para passar o dia 19 de Julho a passear por Viena.

 

Viena é uma cidade linda! Tudo tem aquele aspecto super impecável, direito, limpo e arrumado! Não há um galho fora de esquadria nas sebes!

 Tem também a vantagem de existirem diversos museus e palácios para visitar na mesma área, como o Museumsquartier.

Viena no Museumsquartier

 

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Na Maria-Theresien Platz

 

Dispondo apenas de um dia para ver Viena tivemos de fazer uma selecção do que gostaríamos de ver. Dispender muito tempo em museus não iria dar, pelo que optámos apenas por alguns.

Passei pelo Leopold Museum (13euros) para ver umas obras de Klimt e também pelo Museu da Imperatriz Sissi, no palácio de Hofburg.

Museu da Sissi

Apesar destas nossas caras de princesas em apuros, o Museu da Imperatriz Sissi é riquíssimo e mesmo muito bonito!

Gostei bastante.

A entrada custa cerca de 13euros com audio-guia incluído.

 

Parámos para almoçar algumas sandes (com alimentos que comprámos num supermercado) nos jardins Burggaten.

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Aproveitámos para descansar também um pouco. Os jardins são maravilhosos, cheio de pessoas a ler, dormir, comer, ... As sombras souberam super bem! Este dia em Viena chegou aos 35º.

 

Rumámos a Michaeler Platz, e parámos no Café Demel para refrescar!

Michaeler Platz

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 Percorremos a rua Kärntnerstraße, a mais famosa rua para compras (compras mais dispendiosas) de Viena!

rua Kärntnerstraße

 

Visitámos a Catedral de Santo Estevão.

Imponente catedral do século XII, num impressionante estilo gótico! Situa-se na Stephansplatz.

Catedral de Santo Estêvão

 No final do dia, do centro histórico de Viena apanhámos o metro perto de Karlskirche em direcção ao palácio e jardins Schönbrunn.

Já não tivemos tempo de visitar o palácio, que imagino que seja soberbo, mas passeámo-nos pelos jardins até ao pôr-do-sol!

Há diversos tipos de bilhetes para visitar o Palácio Imperial, consoante o tempo que possam dispender, bem como o valor, poderão visitar mais ou menos espaços, quartos e atracções: desde cerca de 14euros até 21euros.

O acesso aos Jardins é gratuito, excepto algumas atracções e jardins específicos dentro deste espaço, como o Jardim Zoológico.

 

O Palácio Imperial é conhecido como Versalhes de Viena e é, sem dúvida, de deixar a boca aberta! Tem o aspecto actual deste o reinado da Imperatriz Maria Teresa (meados do século XVIII), e foi residência da família imperial de Habsburgos até à II Guerra Mundial.

 

Palácio e jardins de Schonbrunn

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No início dos jardins.

 

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No topo dos jardins, a vista do palácio desde a Gloriette.

 

Depois de sairmos do Palácio de Schönbrunn, dirigimo-nos à estação de comboios de Viena onde encontrámos um local para jantar, descansar (uma casa-de-banho para mudar de roupa) e esperámos até à hora do nosso comboio.

Neste caso, o bilhete já saiu bem mais caro e nem fomos deitadas, fizemos a viagem sentadas... Foi uma diferença entre os 91euros, que pagámos, e os cento e muitos euros por uma cama.

A viagem entre Viena e Munique, foi mais curta, entre as 00h e as 06h.

Depois de uma noite mal dormida entre Cracóvia e Viena, a noite passada a (tentar) dormir sentada entre Viena e Munique não foi nada melhor...

As cadeiras não eram nada confortáveis, tínhamos as mochilas aos nossos pés no chão entre os bancos, as luzes da carruagem não foram apagadas ou diminuídas e a cada paragem todos os passageiros eram acordados por revisores com aparência de agentes do KGB a pedir "Ticket-Passport!"! Creio que na 3ª vez que nos acordaram e pediram os bilhetes já mal olhavam para eles! Ainda os estávamos a tirar da mala já eles estavam a pedir a outra pessoa!

Chegámos a Munique pelas 06h da manhã e parecíamos zombies! Não fosse o maravilhoso dia de sol, iríamos parecer mortas-vivas!!

De qualquer forma, não tenho qualquer desgosto ou arrependimento! Não são destas histórias e experiências que somos feitos?! São estes momentos que nos dão experiência, fortalecem e nos dão histórias para contar!

 

Chegámos a Munique dia 20 de Julho e ficámos no Wombats City Hostel. Sem dúvida o mais caro de todos os hostels onde fiquei nesta viagem, mas o valor do zloty face ao euro (bem como o nível médio de vida, salários mínimos, etc) não dão para equiparar, e isso faz toda a diferença!

Paguei 29euros por uma noite num quarto de 6 camas misto. Este não tinha pequeno almoço incluído, mas custou 3euros.

Creio que há outros hostels um pouco mais baratos, mas este fica super perto da estação de comboio e mesmo ao lado do centro histórico de Munique! Para além de que ao nível de limpeza, higiene e pequeno-almoço é TOP! Dos outros hostels em que fiquei na Polónia, somente o de Varsóvia me deixou um pouco mal impressionada.

 

Como chegámos às 6h da manhã e não podemos fazer o check-in antes das 14h, foram super simpáticos ao perguntarem se queríamos tomar banho! Não sei se o nosso desespero era assim tão evidente!! lolol!

Havia uma casa-de-banho (sanita e chuveiro) fora da área dos quartos (aos quais só tens acesso com um cartão de desbloqueio das portas) com chave, que nos deram  disseram que podíamos usar sem problema.

Nunca um banho me soube tão bem!!!

Depois disso deixámos as nossas grandes mochilas numa sala onde as guardam a pedido dos hóspedes, comemos algum pão e fruta que ainda tínhamos connosco e adormecemos na zona lounge do hostel... O cansaço era tal que não conseguimos suportar mais!!

 

Depois dessa pequena sesta, fomos passear pelo centro histórico de Munique.

 

O nosso hostel fica mesmo muito perto da Karlsplatz, com muralha e portas de entrada na antiga cidade medieval de Munique, Karlstor.

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Karlsplatz

 Passando a Karlstor estende-se a Neuhauser Strasse, uma rua sem tráfego de carros com edifícios de estilo medieval e renascentista (nesta rua fica a Augustiner-bräu, o edíficio da mais antiga cervejaria de Munique, datado de 1328 e ainda em actividade).

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 De diversos pontos desta rua são visíveis os torreões da Igreja Frauenkirche.

Construída no final do século XV, foi parcialmente destruída durante a II Guerra Mundial. Já reerguida, ainda em 2013 sofria obras de restauro e requalificação.

Frauenkirche

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 Embora a administração da cidade tenha proibido a construção de edifícios com mais de 99m de altura, há diversos edifícios em redor da igreja, pelo que fotografias com amplitude são muito difíceis de conseguir. Somente a partir da torre do edíficio Neues Rathaus na Marienplatz é que consegui melhores fotos da parte posterior, com destaque para o comprimento de toda a nave da Frauenkirche.

 

A Kaufingerstrasse dá continuidade à Neuhauser Strasse, terminando na Marienplatz, com o belíssimo edíficio Neues Rathaus, a nova câmara municipal. Um edífico estilo neogótico da segunda metade do século XIX.

Rathaus na Marienplatz

 A fachada da Neues Rathaus contém estátuas de duques, reis e príncipes eleitores da Baviera, além de alguns santos e figuras míticas.

No centro do edíficio fica a Torre do Relógio. Todos os dias às 11h e às 17h sai de dentro do relógio um carrilhão com bonecos representando o povo dançando para comemorar o fim da peste do século XVI.

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O dia da chegada a Munique foi destinado à cidade, sobretudo ao centro histórico.

O dia 21 era o dia de partida, mas antes de rumarmos ao aeroporto tivemos tempo para de manhã visitar o Palácio Nymphenburg.

No fica no centro de Munique, mas à distância de uma pequena viagem de autocarro.

Um belíssimo palácio de estilo barroco, rococó e neoclássico.

Os jardins são, à semelhança dos do palácio Schönbrunn, lindos e a perder de vista! Aconselho a visita!

A entrada custa 11,50euros, com acesso às exposições no Palácio e aos Jardins. Se quiser apenas passear pelos jardins, é gratuito.

Nymphenburger Schloß

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Espero que tenham gostado e que vos possa ajudar com alguns dicas e ideias para visitarem estes países!

 

Beijinhos,

Cláudia